Noites Claras e Dias Escuros: Site Story: Encontro Divino

Mesmo com a dificuldade natural de se caminhar por Kundali, ele não teve problemas em chegar até a grande Arena da Glória. A visão da mesma era estupenda, o maior coliseu ja visto em toda Criação, lar das maiores batalhas épicas. Ele passa então pela estatua elfica a frente do portão principal.

- O que quer aqui, Dragão??

A voz faria tremer até o mais valoroso guerreiro. Mas fez o homem apenas sorrir... De fato, ele não era um homem qualquer... Muito menos era humano... Suas tranças multi-coloridas quase tocam o chão, sua vestimenta rubra, coberta de jóias, lhe davam um ar exótico. - "Infelizmente, Rei dos Deuses. Senhor do Panteão. Não vim aqui para ter com o senhor." - Ele mantinha o sorriso debochado no rosto.

E então, no meio das sombras, uma chama, mais poderosa do que o sol, faz toda a escuridão desaparecer. Era uma chama raivosa com o deboche daquele fraco. E então pode-se ver quem esperava por aquele "convidado".

De pé, armado com o temível Destroçador, o maior minotauro que ja tinha se visto. Mesmo coberto de pelos, ainda era possível se ver com perfeição os musculos definidos. E a cabeça em chamas era uma visão unica e amedrontadora. Em sua mão esquerda, pendia uma corrente que ia para trás de si mesmo. - "O que quer com minha escrava, Deus dos Dragões?" - De trás do Minotauro, saia aquela que outrora era a mais bela entre suas irmãs. Mas que agora, não passa de uma indefesa e maltrapilha escrava. Tauron ainda tentava mante-la com todo o respeito que ela sempre mereceu, mas ela mesma desistiu de si. Frágil, indefesa... Escrava.

- "O que quer de mim, senhor Kallyadranoch?"

E pela primeira vez, Kally rangia as presas. Não por medo, não por receio. Mas por asco. Glorienn era a prova que até a raça mais perfeita pode cair, se tiver um ponto fraco. Não era o caso dos dragões, obviamente. Sempre invencíveis! Sempre veneráveis! Estão lá há milhares de anos! E se mantiveram por lá mesmo com a ausência dele. Essa também era uma prova. Uma prova de que um deus caído pode retornar. - "Duvido que tenhas ficado cega a tudo isso, Deusa dos Elfos!" - Ele ainda a respeitava, apesar de tudo. - "Seu povo está se mexendo..." - Ele sorria então para Tauron, um sorriso desafiador. - "E eles são fortes em sua convicção. Nem a esperança de poder inimaginável os tiraram de seus objetivos. Eles irão encontrar meu filho, e o libertarão!"

- "ELE NÃO É TEU FILHO, DRAGÃO!! - A deusa então vocifera com um ódio crescente.. Porém, ela logo volta a posição submissa e indefesa.

- "Ele reúne o melhor de nossos mundo, Glorienn. E me envergonha você, abandonar seu povo, abandonar aquele que só quis te cuidar." - As palavras de Kally penetravam fundo em seu peito, e lagrimas caiam da face da fraca deusa. - "Mas tenha fé, deusa dos elfos... As coisas mudarão!"

Então as chamas de Tauron, que ouvia tudo em silêncio, queimam mais forte. - "Eu não permitirei, Dragão! E ele é apenas um homem! O que um homem pode fazer???"

-"Ora, Deus da Força e da Coragem, Reis dos Reis, Senhor do Panteão, Governante do mundo. Quero que o senhor prove tua coragem, e não se intrometa! Haja como Khalmyr! Seja um bom lider, deixe os mortais resolverem o destino por nós! - Ele então gargalha majestosamente - "Ah... E ele não é 'apenas um homem'...

E em Arton, todos os minotauros sentiram uma pontada em seu coração, assim como os elfos, pela primeira vez em anos, sentiram algo chamado esperança...